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Governo precisa alavancar produção de milho para exportar, diz ex-ministro

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Milho e Sorgo   965
Ex-ministro da Agricultura de Geisel, Alysson Paolinelli é presidente da Abramilho - Foto: Alessandra Bruny/Agência Preview

Mesmo com as políticas para alavancar o setor, o Rio Grande do Sul deve fechar 2016 com déficit de 1,9 milhões de tonelas de milho, alimento fundamental para bovinos e suínos junto com a farinha. Hoje, o Estado orienta e estimula que os produtores façam a rotação de culturas, alternando soja e milho. O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, afirma que em somente 18% da área de soja ocorre o plantio do milho, enquanto o ideal é que fosse 33%.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e ex-­ministro da Agricultura no governo Ernesto Geisel, Alysson Paolinelli, o governo Federal precisa entrar em campo. "Tem de criar condições para que o produtor se volte para o milho. O cereal brasileiro está entre os de melhor qualidade mundial, com alta demanda no mercado internacional. Enquanto isso, temos de importar o produto no Estado", destaca.

Paolinelli e Polo participaram, nesta quarta-­feira (31), do lançamento do 31º Congresso Nacional de Milho e Sorgo, no auditório da Administração do Parque Assis Brasil, Esteio, durante a 39ª Expointer.

Grande demanda

O ex­-ministro da Agricultura ressalta que somente uma política favorável alavancaria a cultura do milho e sorgo. A produção brasileira de milho este ano será de 76 milhões de toneladas, enquanto o consumo no país alcançará 58 milhões de toneladas. "Temos mercados como o da China, Índia, África e Europa que absorveriam tudo o que tivéssemos, porque a demanda é muito grande. Necessitamos de crédito seguro, armazenagem e infraestrutura, além da padronização", explica Paolinelli. Sobre o sorgo, disse que o Brasil não atende a demanda para importar. "Na Argentina, a situação é completamente diferente. Eles têm muito produto para exportação", acrescenta.

Otimismo

Apesar da baixa produtiva, Ernani Polo é otimista em relação ao aumento de produção do milho. "Estamos crescendo 8% em 2016. Nossa meta é que em 2017 cresçamos entre 8% e 10%. O governo é parceiro dos produtores e estamos buscando auxiliar no processo", garante. O presidente do Sindicato das Indústrias Produtoras de Suínos, Rogério Weber observa que muitas pesquisas e novas tecnologias estão impactando favoravelmente o setor. "Estamos evoluindo e existe produção de qualidade. Estamos no caminho certo", enfatiza.

Texto: Paulo Ricardo Fontoura
Edição: Gonçalo Valduga/Secom

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