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Erosão do solo no Rio Grande do Sul tem ponto crítico entre fevereiro e junho

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Seminário de Conservação do Solo e da Água
Seminário de Conservação do Solo e da Água discute formas para diminuir a erosão - Foto: Itamar Aguiar/Agência Preview

A conservação do solo e da água no Rio Grande do Sul tem o ponto mais crítico no período de fevereiro a junho, nas áreas que não apresentam cobertura de solo. Nestes locais, a erosão retira os nutrientes e muitas vezes não é percebida pelo produtor, que a considera desprezível. "Tem sido um desafio e uma luta para convencermos os produtores neste período de 100 dias da necessidade de um manejo que retenha a água. É necessário que se coloque massa de resíduos para melhorar as condições do solo". A afirmação é do assistente técnico da Emater, Edemar Streck, e foi feita durante o Seminário de Conservação do Solo e da Água, no início da tarde desta segunda-feira (29), no Auditório da Administração do Parque Assis Brasil, em Esteio.

No evento, que contou com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, da secretária do Meio Ambiente, Ana Pellini e do presidente da Emater, Clair Tomé Kuhn, foi lançado o concurso do agricultor conservacionista que premiará os três melhores colocados das 12 regiões administrativas da Emater. Trabalhos jornalísticos sobre o tema também serão premiados. A entrega dos prêmios será na Conferência Estadual de Conservação do Solo e da Água, em 5 de dezembro, Dia Mundial do Solo, em Porto Alegre.

Rotação de culturas

"O Estado apresenta regiões diferentes. Temos que saber qual o melhor sistema a ser adotado e é nisso que trabalhamos", salienta Streck, que lembra que é preciso aumentar a produtividade, mas mantendo o solo com suas propriedades. "Temos que recuperar a capacidade de infiltração e armazenagem de água nos solos agrícolas degradados. Precisamos reduzir a taxa de erosão e o risco de escassez hídrica, a partir da reserva e armazenagem de água no solo, e aumentar a diversidade de culturas, por meio da utilização da rotação de culturas", finaliza.

Ernani Polo destaca que a conservação do solo e da água é um dos temas mais importantes do setor primário e merece atenção da Secretaria da Agricultura. A meta, explica, é melhorar as relações produtivas, sociais e ambientais e aumentar a produtividade e a produção agrícola, sem depreciar o solo. "A agricultura e o meio ambiente precisam caminhar juntos. Temos um processo desafiador mas que deve ser feito", afirma.

Para Ana Pellini, o agronegócio é o motor da economia do Rio Grande do Sul e deve ser tratado com muita atenção. "Não temos sustentabilidade econômica se não tivermos sustentabilidade do solo. A única forma de progredirmos é atingindo o equilíbrio", lembra.

O presidente da Emater considera o tema é fundamental. "É preciso solos mais férteis para colocar a tecnologia no campo e lá manter os filhos dos produtores", alerta.

Texto: Paulo Ricardo Fontoura
Edição: Denise Camargo/Secom

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