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Do carreteiro à polenta brustolada, cozinhas da Agricultura Familiar cativam visitantes

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Preço varia de acordo com os acompanhamentos - Foto: Emmanuel da Rosa/Agência Preview

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Filas para provar a combinação de polenta na chapa, queijo e salame frito - Foto: Emmanuel da Rosa/Agência Preview

Quem disse que o gaúcho que vem a Expointer com o cardápio definido antes de ingressar no Parque de Exposições? Pois o churrasco vem perdendo espaço e as refeições servidas na praça de alimentação do Pavilhão da Agricultura Familiar ganham adeptos. Até mesmo o peixe e a culinária italiana figuram entre os pratos mais vendidos, mas ainda não são superados pelo carreteiro. Cerveja, chopp ou vinho? Que nada, o suco de laranja ou o de abacaxi feito na hora estão entre as principais opções. A propaganda tem funcionado da forma tradicional, o velho boca-a-boca.

Nair Bandão Yamtsth, 57 anos, e sua vizinha Gerveni Souza Araújo, 66, circularam por toda a feira nesta quinta-feira (1º). Na hora do almoço foram atrás de um bom peixe. “É mais saudável e me ajuda a manter a silhueta”, observa Nair, que escolheu uma traíra por R$ 20,00. Os pescados estão disponíveis na banca da Copessi - Cooperativa de Pescadores de Santa Isabel, distrito de Arroio Grande. “Servimos traíras, jundiás e moquecas. O preço varia de R$ 15 a R$ 20, dependendo dos acompanhamentos”, observa Lenita Rodrigues Costa, 45 anos. No local são nove pessoas atendendo e comercializados entre 200 a 250 pratos na semana, volume que aumenta 50% nos finais de semana da feira.

Ao lado, a fila sinaliza: o carreteiro está presente. “Servimos uma média de 500 a 600 pratos/dia durante a semana e temos um aumento considerável aos sábados e domingos. Nosso prato é composto por carreteiro, feijão e salada”, conta Geni Mulinari, da Cootap, de Eldorado do Sul. O preço é de R$ 15 e no local trabalham sete pessoas. Entre os que aguardaram para comprar o carreteiro estava Hugo Assis, 75 anos. “É irresistível. Como bom apreciador da comida campeira, não abro mão”, explica.

De Erechim veio o Prato da Nona. “É a nossa primeira vez na feira. O preferido pelo público é composto de polenta brustolada, salame frito, queijo na chapa, salada e pão torrado”, diz o proprietário Rui Valença. A cada dia, são entre 150 e 200 pratos comercializados a R$ 20,00. “Vim por indicação de uma prima que esteve no sábado e aprovou. Gosto muito de polenta e a aparência está boa”, afirma Ruth Viegas, 34 anos.

Laranja ou abacaxi

Para acompanhar as refeições, os sucos são o destaque. Antônio Camargo, dos Sucos Camargo, tem vendido uma média de 400 copos por dia ao preço de R$ 3 a R$ 5, dependendo do copo. “Os de laranja e abacaxi feitos na hora são os preferidos. Aos sábados, há um aumento de 10%, no mínimo”, salienta. Suzana Gomes, 46 anos, preferiu o de laranja. “É refrescante e mata a sede”, lembra.

Na mesa da família de Nides Alvarenga, 68, Almerinda Alvarenga Peixoto, 65, e Neli Silva Peixoto, 62, tinham diferentes pratos entre eles o da Dona Julia, de Guabiju, com tortei, frango assado, batata e salada. “Optamos por uma comida caseira da melhor qualidade e em conta”, garantiu Nides Alvarenga, acrescentando que o prato saiu por R$ 20. A praça da alimentação funcionará até o final da feira (4), das 8h30 às 20h30.

Texto: Paulo Ricardo Fontoura
Edição: Eliane Iensen

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