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Do “Carneiro hidráulico” ao desinfetante de eucalipto: alunos do campo mostram produtos na Expointer

Alunos exibem produtos de criação própria na casa da Embrapa

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Carneiro Hidráulico foi projetado por alunos para captar água sem o uso de energia elétrica
Carneiro Hidráulico foi projetado por alunos para captar água sem o uso de energia elétrica - Foto: Caio Lorena/Ascom Expointer

É através das escolas do campo que a educação gaúcha marca presença na 46ª Expointer. De todos os cantos do Estado, estudantes apresentam seus projetos no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Começa com repelente caseiro, passa pelo “carneiro hidráulico” e desemboca no desinfetante feito com folha de eucalipto. Tem de tudo.

Quem entra na casa da Embrapa dá logo de cara com o empolgado Lucas Goldschmidt, 13, aluno do 8º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental 29 de Outubro, localizada no município de Pontão. Trabalhando na temática da sustentabilidade, a comunidade escolar desenvolveu receitas de sabão, repelente e sabonete com a reutilização de materiais. É da cozinha do colégio que sai o óleo, enquanto o sebo é recolhido com uma cooperativa da região.

“Me sinto muito bem porque tu recebes o reconhecimento por ter estudado. Tenho o domínio, participei de todas as oficinas, quando a gente entende do que está falando, a gente se sente bem seguro”, explicou Lucas.

Logo em frente é difícil não ver dois estandes com projetos curiosos: o “carneiro hidráulico” e o desinfetante com folha de eucalipto. Pedro Schweig, 18, e Geovane Ketterman, 17, contam com entusiasmo sobre o projeto que busca armazenamento de água sem a utilização de energia. O aparelho apresentado na Expointer foi um protótipo do que pretendem desenvolver na Escola Estadual de Ensino Médio São José do Maratá, em São José do Sul.

“É uma ótima alternativa para o pequeno produtor. Ele economiza com a energia e fica mais sustentável. Também queremos tornar [o produto] conhecido do público em geral porque o jovem, dessa geração Z, não conhece mais”, pontuou Pedro.

Próxima do "carneiro hidráulico" na Expointer, mas distante geograficamente, fica a Escola de Ensino Fundamental Érico Veríssimo, em Santo Antônio das Missões. É quase na Argentina, aproveitando a abundância de uma árvore na escola e na região que os alunos desenvolveram um desodorante com folha de eucalipto. O sucesso foi tamanho que ele é utilizado no dia a dia de limpeza da escola, gerando economia de recursos.

“No começo foi algo novo, achei que não iríamos conseguir, confesso. A gente não esperava que o projeto fosse crescer tanto. Eu fico muito feliz porque é uma escola de campo a 40km da cidade”, disse Mainara Toledo, 15.

A pomada da inteligência artificial

Não bastava aos estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Santana, em Antônio Prado, desenvolver uma pomada para rachaduras dos pés. Eles buscaram na inteligência artificial a sugestão de um nome para o produto. Colheram oito sugestões e, destas, levaram quatro para a comunidade escolar fazer a escolha. "Pôr a mão na massa foi a parte mais importante para mim. A gente teve auxílio da Emater para fazer as pomadas e está tentando resgatar o projeto da medicina natural. Todos lá na escola ajudam", contou Vanessa Agustini, 16, do 2º ano do Ensino Médio.

O primeiro grupo, formado por alunos de sete escolas do campo, expôs os projetos do primeiro dia da Expointer até esta segunda (28). No fim da semana, entre a sexta-feira (1º/9) e o domingo (3/9), a segunda turma de alunos e professores estará de plantão também na Casa da Embrapa para as apresentações.

Texto: Caio Lorena/Ascom Expointer
Edição: Cássio Machado/Ascom Expointer

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