Buldogue-campeiro recebeu certificação internacional em 2025 e é destaque na Expointer

A Confederação Brasileira de Cinologia (CBKC) e a Federação Cinológica do Rio Grande do Sul (Fecirs) promovem no domingo (7/9), último dia da Expointer 2025, uma apresentação dos cães da raça buldogue-campeiro, na pista central, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Parceiro no campo

A CBKC está completando 40 anos este ano e a confederação tem enfoque no desenvolvimento da raça buldogue-campeiro. O cão é bem adaptado à lida campeira e este espaço na Expointer mostra a importância da raça para criadores e pecuaristas. Em 2025 a raça foi reconhecida internacionalmente pela Federação Internacional de Cinofilia (FCI).

Para Jonathan Barbieri, criador da raça Buldogue-campeiro em Viamão/RS, a raça vive um momento incrível e isso se deve ao movimento de entidades e criadores. Este reconhecimento “representa o campo e a pecuária de uma lida, que trabalha com gado e com ovelha, com reconhecimento internacional pela FCI, do Brasil para o mundo”, explica.

Habilidades da raça

As características do buldogue-campeiro são de um cão manso, de boa lida, de boa respiração, com funcionalidades forjadas para o trabalho campeiro.

O criador da raça Buldogue-campeiro e pecuarista Matheus Caldasso, da Fazenda Paraíso, de Cristal/RS, explica que há 30 anos a raça quase entrou em extinção. Explica que todo buldogue-campeiro que nasce na localidade tem como registro o nome “Paraíso dos Campeiros” para definir a localização de origem.

Com o certificado internacional da FCI, depois de um caminho de cinco anos, muitas portas se abrem com a obtenção deste reconhecimento. Classifica o cão como “extremamente saudável, dócil e que pode ser trabalhado tanto para o campo como com crianças com algum grau de deficiência ou transtorno”, enfatiza.

Certificado internacional

As exposições e exames morfológicos apresentaram o cão através do Conselho Brasileiro dos Criadores de Buldogue-campeiro em contato com a CBKC à FCI, o que resultou no certificado internacional, expedido na Islândia, em agosto de 2025.

Caldasso chama a atenção de que o buldogue-campeiro é um cão de trabalho, de guarda e de companhia. O espaço aberto na Expointer é bem recebido pelos criadores para que o público, especialmente as crianças, tenham contato com o cão.

Cão gaúcho

Saionara Franco, do canil Estância Farrapa, de Viamão/RS, criadora das raças buldogue-campeiro e ovelheiro gaúcho, diz que “é um cão gaúcho, reconhecido internacionalmente, que pode ser exportado para o mundo. Ele lida com o gado, criado para contenção de rebanhos, ajudando o gaúcho. Por ser um cão rústico, a melhora genética se confirma com esta certificação”. A criadora possui matrizes para criar buldogue no campo e em contato com o rebanho e a raça já foi enviada para todo Brasil e Uruguai.

_{Texto: Fabrízio Fernández/Ascom Expointer
Edição: Anderson Machado/Ascom Expointer}