A arte da cutelaria em destaque na Expointer
Publicação:

“Uma faca tu compras pela marca ou pela história”, afirma o cuteleiro de Viamão Daniel Alano, presidente da Associação Gaúcha de Cutelaria (AGC).

Essa aqui, por exemplo, explica Alano, é a Faca de Porto Alegre, feita com os pregos e os dormentes de um trilho de trem. Ela é chamada assim em referência aos bondes que circularam pela capital gaúcha até março de 1970. Já outras, como as facas em aço damasco, são feitas com a junção de dois aços e levam até cinco dias para serem produzidas. “A faca em aço damasco é considerada uma joia”, destaca o cuteleiro.
Estas e outras facas gaúchas, das mais simples às mais trabalhadas, das industriais às artesanais, com preços que variam entre R$ 150 e R$ 5 mil, estão em exposição hoje (03/09), na pista dos ovinos, no Parque de Exposições Assis Brasil. A exposição é organizada pela AGC e conta com 12 cuteleiros de várias partes do estado.
A cutelaria artesanal gaúcha foi reconhecida em 2021 como de relevante interesse cultural do Rio Grande do Sul e a Feira Gaúcha da Faca Artesanal, organizada pela AGC, que acontece em dezembro, foi incluída no calendário oficial de eventos do estado.
“A faca gaúcha segue um padrão, tem características próprias, como colarinho redondo, gavião em formato de “S” e tamanho entre 9 e 10 polegadas, que é a medida utilizada em cutelaria, mas principalmente ela é produzida para ser utilizada no churrasco”, afirma Alano.
