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Qualidade da luz no campo inibe crescimento do setor agrícola gaúcho

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A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante a 39ª Expointer, deu continuidade ao projeto Energia, a Qualidade que o Brasil Precisa.
O evento reuniu membros dos setores público e privado, buscando soluções para a falta de estrutura que trava o desenvolvimento econômico do trabalhador rural do estado.

Para o secretário Nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, que participou do encontro, o tema é fundamental para o Rio Grande do Sul crescer. “Vamos abrir um grupo de
trabalho para avaliar e dar andamento ao projeto dentro do governo Federal”, garantiu Gelles. A proposta é do deputado estadual Adolfo Brito, presidente da comissão, que enxerga esta ação também como uma forma de estancar o êxodo rural. “Temos de dar condições para o agricultor prosperar, e a base para isso é energia e conectividade”, argumenta, reforçando que não baste ter luz, mas energia forte para maquinário.

Os problemas de continuidade, estabilidade e potência da energia no campo não são recentes. Desde de que a tecnologia em equipamentos tornou-se acessível ao pequeno produtor, o tema é recorrente nos
âmbitos estadual e federal. Força para ligar uma geladeira, lâmpadas e a televisão eram suficientes em outros tempos. Hoje, no entanto, freezers, ordenhadeiras e outros maquinários já estão inseridos no dia
a dia de quem produz e, especialmente, de quem quer crescer como pequeno empresário.

As três grandes concessionárias de energia presentes apresentaram números que comprovam a necessidade de investimentos. Dos clientes da CEEE, 187 mil são monofásicos, enquanto 41% das instalações da RGE têm o mesmo sistema. Sem especificar os dados, a AES Sul destacou que
não é necessário apenas o aporte financeiro para a modernização do sistema, mas a qualificação de trabalhadores para executar a grande demanda de serviços previstos.

O projeto Energia, a Qualidade que o Brasil Precisa prevê a reconstrução de redes no Rio Grande do Sul como subsídio dividido entre os atores do setor. O custo, estimado em R$ 1,5 bilhão seria
dividido entre o governo federal, com 50%; as distribuidoras, com 30%; os produtores, com 15%; e o governo do Estado, com 5%. A legislação atual, regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), determina que a rede construída pelo proprietário do terreno ou indústria deve ser doada ao Estado, não podendo ser financiada.


Texto: André Furtado
Edição: Denise Camargo/Secom

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