Concurso de produtos da Agricultura Familiar valoriza boas práticas de fabricação

O concurso de produtos da 18ª Feira da Agricultura Familiar começa nesta segunda-feira (29), às 10h, com análise dos melhores salames produzidos pelos pequenos agricultores do Rio Grande do Sul. Para este ano, inscreveram-se 76 agroindústrias. Competem dez queijos coloniais, nove salames tipo italiano, 11 tipos de mel, 13 sucos de uva integral/natural, cinco vinhos tintos de mesa secos, cinco vinhos tintos finos secos, nove cachaças prata, oito cachaças envelhecidas premium e seis cachaças envelhecidas extra-premium. A premiação dos vencedores será no dia 1º de setembro, às 15h30, no Pavilhão da Agricultura Familiar.

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o concurso serve para divulgar a qualidade do que é produzido no estado. “Os concursos valorizam e reconhecem as boas práticas de produção e incentivam a melhoria dos processos, o que reflete direto nas vendas”, afirma.

Conforme destaca o diretor do Departamento de Agricultura Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Dionatan Tavares, o concurso deste ano conta com uma nova categoria, a de cachaça envelhecida extra-premium, uma bebida com mais de cinco anos de amadurecimento. São dois concursos por dia, pela manhã e à tarde. Os técnicos de cada área formulam os dados com pesos de cada atributo analisado em prova. Uma comissão elaborou o regulamento e as fichas de avaliação com critérios específicos.

Para a análise dos salames, são levados em conta critérios como sabor, textura, consistência e aroma. A categoria, assim como as outras de produtos de origem animal, tem como diferencial duas bonificações, que serão acrescentadas ao final da soma da nota dos juízes e consistem em pontos extras: um para os produtores que entregarem análises microbiológicas e físico-químicas e outra pela qualidade da rotulagem.

O júri será formado por representantes da Embrapa, Ufrgs, Aprodecana, Confraria Gaúcha da Cachaça, Laboratório de Enologia (Laren), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ibravin, Emater  e especialistas de outros estados nas categorias cachaças prata, premium e extra-premium, além da categoria do queijo colonial.

Premiação garante mais vendas

A cachaça envelhecida dos produtores da 3 Fortuna, de Muçum, no Vale do Taquari, foi premiada com o segundo lugar na edição passada, primeira vez em que trouxeram a bebida para comercialização no parque. A placa de segundo lugar no concurso é exibida com orgulho pela família. “Chama muita atenção, e o público olha com maior interesse em saber o que significa o prêmio. Isso refletiu positivamente nas vendas, são pelo menos 50% a mais em relação aos primeiros dias de feira do ano passado. Por isso, fazemos questão de colocar a placa em destaque na nossa estante”, conta Paola Fortuna, que trabalha no controle de qualidade.

Pelo sucesso garantido com a premiação, os produtores da 3 Fortuna voltaram a inscrever as cachaças da agroindústria nesta edição, nas categorias Prata, Envelhecida Premium e Envelhecida Extra Premium.

Texto: Letícia Bonato
Edição: Rui Felten